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Mostrando postagens de janeiro, 2013

EU EXISTI?

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Eu existi. Precisou uma luz mais forte. Porque antes o fosco era eu. Eu era o nada. A explosão deteriorou o que era e passei ao ser o estar o antes o depois e o agora. Tudo em todos mais um, não mais um deles. Ontem parecia haver coisa nenhuma, deixei de ser eu.  Simplesmente outro: estado, concepção, substância etérea, aura, seja lá o que isso for. O nada tornou-se e tudo veio a explicar-se, desde que o fluído criativo me absorveu. Pessoas não são pessoas. Coisas não são coisas. Não existem. Começam, terminam, recomeçam, determinam, em mim, comigo,através, dentro e fora. Desde aquele dia vejo o homem dando nome às coisas, as coisas rotulando o homem. E minhas mãos estão grudadas às costas. Quatro paredes brancas. Quatro bolinhas brancas e uma amarela.

EMBALA

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Embala, embala os sentidos. Transforma cada papila gustativa e degusta o momento. O aroma. Escolhe o melhor no meio da fumaça. Há muita fumaça; mas enxerga luz. Ainda há luz enquanto houverem sentidos não produzidos ou forçados, coagidos.  Sente teus movimentos transporem ao simples,  percebe sentido em cada ação, mesmo que não possa ser expressa como esperam que seja. Expõe. Expressa. Mostra. Grita. Sussurra. Mas escolhe. Escolher ser. Aproveita enquanto a flor é flor. As estações mudam quando menos se espera.

TÁCITO

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Seriam gravetos quebrados, bilhetes usados, toalhas molhadas, portas rangendo e palavras sussurradas atalhos ou pistas?  Desejos engarrafados no mar. Ecos de princípios em precipícios. Sem precipitar. O que dizem os restos de uma cripta? E a fresta de luz que perpassa insípida através de vitrais decrépitos? Sinais explícitos. Seriam as relíquias encontradas? Teriam história para contar? Ou seriam apenas objetos decorativos para ilustrar egos de colecionador? Sorrisos apontam caminhos, retornos e bifurcações. Trilhas marcadas são mais fáceis de encontrar Menos as histórias que os percursos somam. Estas são quase impossíveis de contar.