A mentira finge que eu não sei. E eu pergunto como se nada soubesse. A resposta vem com toda a convicção. E eu esmiúço o assunto em pequenas novas perguntas adjacentes, para observar o fio vestindo tecido. É impressionante como tem gente que se veste sempre do mesmo jeito. A moda muda, e continuamos ridículos se insistimos em cobrir por causa de nossas pequenas vergonhas. A beleza é sempre tão fingida!
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ABANDONO Não fujo mais. Se é feio ou bonito, se atrai e assusta, Não nego: meu gozo ainda dói. Tenho medos que são virgens mas agora insisto na dignidade destas vergonhas. Não quero prazeres dormentes. Que doam Que esfolem Que sangrem Que me matem estes prazeres ocultos. Levem tudo. E me deixem, finalmente, nú. Nascerei, então, com a consciência livre de toda decência impura.