DO LIVRO DAS REVELAÇÕES




São os detalhes que nos tornam únicos

Das mínimas coisas a memória é feita
a gente é muito mais que pele.
E nos pequenos gestos vasculhamos
nossos universos em busca do mesmo, do velho... amor.
A busca inconsciente e ávida por coisas pouco notadas
não mais pelo senso viciado de novidades,
ainda sem a tênue percepção de que
o extraordinário sempre esteve lá.
Perto do fim morrem sensações ilusórias do que temos
pelos símbolos que vestimos
quando nos permitimos despir coisas comuns
medos expostos, sensações antigas e guardadas pelo ledo engano de que neste mundo elas nunca mais serviriam, consumidas pelo tempo.
Esta mania humana de por fim nas coisas como se elas terminassem - o que pretensiosamente chamamos morte, como se tudo encerrasse ou desaparecesse. Mas os detalhes revelam tudo.
É nesta hora que prevalece o senso comum, a sensação mediana, medíocre, a semi-vida.
O Purgatório revela o que ninguém quer.

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