ANTROPOFAGISTA
Era quase gente.
Barba por fazer, olhos profundos
imersos em manchas faciais...
os músculos atrofiados
não conheciam mais o sorriso.
Sua pele branca
não apreciava mais o Sol da manhã.
Cabelos louros e compridos
cobriam seus ombros franzinos
e seu estômago clamava
uma alimentação mais saudável.
Tinha dinheiro,
mas vivia numa caixa.
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