NÃO JOGUE LIXO


Me alimento de restos de pensamentos
De tudo aquilo que não foi concretizado
 de sonhos loucos ou fantasias improváveis.

Porque todos tem um terreno baldio 
onde cresce o mato
onde os mendigos proprietários
perambulam sem ter uma casa.

Excreto uma colcha de retalhos.
Piso em cacos e sobre pedregulhos
fito e exercito na interpretação
de recortes de jornal, rasgados à mão.

Uma mistura de gostos.
No fim é tudo a mesma coisa.

Cubro-me mas não aqueço
corto os pés enquanto olho
os pedaços de papel.
Demarquei o terreno
com arame farpado.

Comprarei roupas novas, 
ingredientes frescos
e pratos com sabor
quando eu tirar o meu próprio documento.

Aquecerei meu corpo
no trabalho e na construção,
nos espaços
da minha própria consciência.












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