BATENDO PONTO



O cabelo engomado e o pescoço engravatado sobre a pele de bebê.
Os dedos mecânicos de partes enferrujadas, de unhas roídas.
A cabeça cheia de ideias enlatadas.
Esqueço as músicas preferidas, os números de apartamento e como vivi os tickets.
Para que serviram tantas assinaturas quando minhas marcas tornaram-se carimbos?
Fico assim quando estou longe de mim.
Todo dia de manhã dirijo-me à zona de meu meretrício, sem batom vermelho.


23/05/2011 21h50

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