SÃO SÓ NOMES


Você é perfeito demais pra mim
e a minha insegurança te feriu
ou era algo da minha imaginação
e já era hora de eu acordar?

Uma palavra doce
e o meu coração se derreteu
já não sou mais criança
para brincar de faz de conta.

É difícil medir o quanto gosto de você.
Só sei que ouvi o ritmo,
suei a frio
e sorri sem motivo.

Se errei teu nome não foi por mal,
pois são tantos os rostos
que num instante me confundem na multidão.

Uns deixam marcas, cicatrizes.
Outros fazem cócegas tentando ser carícias.

Mas sua presença me derrete
ao ponto de me reconfigurar.

É tudo tão intenso com você
e me dá uma vontade imensa
de ser e estar, a estória que se tornou real.

Mas parece que o tempo não é suficiente
para você me absorver.

Comentários

  1. ao ler esta poesia, me perguntei quem sou eu na multidão? um rosto que se perde no meio do tumulto, ou aquele que se destaca e aparece como um novo ser? não sei!!!! mas é incansável tal busca!

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  2. um rosto molda-se vulto, ri-se caricatura. um rosto em sombra, um rosto em luz. Rostos em sulcos, rostos invólucros. Faces em busca de expressão afastam-se ou tornam-se uma coisa e ao mesmo tempo nada.

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